sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pensamento solto: Sobre o que escrever

Não sei sobre o que escrever. Acontece tanta coisa ao mesmo tempo que perco a noção de relevância  algumas vezes. O que de fato importa? Marcou efetivamente meu dia e me estimulou o pensamento? Pode ser tantas coisas. Talvez a conversa da hora do almoço. Interessante e estimulante, com pessoas inteligentes e importantes. Ou quem sabe o sentimento da noite de ontem. Diferente e insana. Com particularidades que só as paredes definiriam com perfeição. Ou a notícia do começo do dia. Mas qual notícia específica, em detrimento das outras, das quais ficamos sabendo rasas informações no cotidiano, tomado pela pressa?
Sobre a música. Como ela se encaixa no momento, o que ela diz e representa. Como é gostoso ouvir certas vozes cantar? Maria Gadu invade o momento.
Sobre as reflexões no decorrer da semana a respeito da vida, e seus temperos e dissabores?

Não sei. Quem sabe sobre o feriado que será numa terça e tem lugares emendando o sábado. Como assim? Ainda dava pra falar sobre a chuva, anunciada pela previsão do tempo no domingo e/ou segunda, e que é desde já celebrada, visto que o ar seco está acabando com todo mundo.

Ou sobre as ideias de uma nova oferta de trabalho. Sobre a Serra da Mantiqueira, que estava linda hoje a tarde. Sobre amigos, que bem valiosos. Dava pra escrever sobre a monografia da pós que ainda não comecei. Sobre o carro que quebrou. 


Ou falar sobre aquele projeto social que tenho na gaveta, de um modelo de jornal com uma determinada comunidade, nas redondezas de onde moro. Dava pra falar sobre a terapia em grupo via msn com as amigas de faculdade, que vão ficar pra sempre na memória. Quantas trocas. Sobre o anoitecer nas montanhas. O som alto vindo do quarto do filho pré adolescente. Os helicópteros que já estiveram essa semana pousando no heliponto do Palácio da Boa Vista.

Dava pra falar sobre tudo. Sobre cada coisa. E mesmo assim deixaria muitas outras de fora.
Resolvi então falar sobre nada. E só pra não deixar de escrever, postei.



Enquanto escrevo toca pra inspirar...



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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ser Humano

Hoje fiquei pensando no ser humano. Em mim, em você. Em como somos. Como vivemos, o que aspiramos. Quantos de nós faz a diferença e de que forma. E o pensamento veio depois de ver um moço limpando um orelhão da Telefônica. Sim, limpando o orelhão. Não sei se já tinha reparado, se é uma cena cotidiana, deve ser. Ou não. O fato é que claro que eles não duram muito tempo super limpos, mas existe esse serviço o que acaba por preservar, evitar que fiquem muito piores. Enfim. Por trás desse trabalho, da marca Telefônica, tem uma pessoa. Um ser humano. Como eu, você. Que tem sono, fome, sede, frio. Ama, sente raiva, vergonha, gratidão, fé. Esperança, de um amanhã melhor.

 
A cena foi pitoresca pra mim. Quase sempre nas ações e manutenções o que aparece é a marca, a empresa. E com a correria da vida quase não se pensa que existem pessoas por trás dos processos. Com histórias, verdades, crenças. A cada dia dezenas de milhares de estórias são escritas. Nas ruas, bairros, cidades.




E aí depois vi agentes do IBGE em dois bairros, comecei a olhar as pessoas nas calçadas. Pensando qual seria a profissão, quantas são as histórias, o que há por detrás dos sorrisos, das expressões sérias e carrancudas. Pensar que existe uma vida, uma marca, uma ferida em cada um. E também amor, valores, ideias, temperos e dissabores.




Viver é saborear um banquete no final das contas. Pouco a pouco. Horas amarga, horas adoça.

Precisei transformar em palavras porque me fez pensar a minha história. E a de cada um que vejo ao meu redor. E sempre lembrar de entender melhor o outro, porque ele é nosso semelhante. Fica a dica.


 'Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este fim. É isto que motiva as ações de todos os homens, mesmo dos que tiram a própria vida.'   -  Blaise Pascal


domingo, 29 de agosto de 2010

A comunicação na era da informação

Você está atento as formas que seu consumidor pode chegar, ou deixar de chegar até você? Já parou pra pensar que as mídias digitais podem ‘espalhar’ o nome do seu estabelecimento por aí? A comunicação, nos dias de hoje, e cada vez mais, alcança lugares longínquos, e o que antes era difícil de informar, de fazer chegar a algum lugar, hoje demora o tempo de um click.

O tempo gasto pelo brasileiro na internet de acordo com o IBOPE, no ano de 2009 era de 26 horas e 15 minutos mensais, e os usuários com banda larga em casa ultrapassavam a marca de 22, 3 milhões. Foi constatado ainda que 70% das empresas do estado de São Paulo ainda não fazem nenhum tipo de divulgação online. A pergunta que não quer calar é: ignorar a existência desse ‘mundo’, que veio pra ficar é o caminho? Definitivamente não.

Existe um aplicativo para Iphone que permite que as pessoas que estão, por exemplo, em um restaurante digitem o que estão achando, e quem quer consultar tem acesso. Fiz o teste na temporada. Acionei o aplicativo pra ler comentários sobre restaurantes. Uma mensagem dizia que em restaurante ‘x’ a fondue de carne era horrível. Certamente o proprietário do estabelecimento não soube dessa informação, ou até soube via reclamação ali, mas não imagina que os clientes já tinham colocado na rede. Quem estava procurando um restaurante pelo mesmo aplicativo certamente descartou aquele.

O controle de satisfação fugiu do alcance do empresário. A comunicação que até pouco tempo era local, agora virou global. Vale à pena pensar a respeito. Fica a dica, e até a próxima.


Publicado em Jornal do Comércio - ACE Campos do Jordão ed. agosto/2010