terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pensamento solto sobre as palavras


Por mais que existam pensamentos dos mais variados e eles estejam acelerados, não conseguiriam se ordenar em grau de prioridade. E depois se transformar em palavras pra serem colocadas num texto. 
Claro que não. 
Não seria capaz de articular as informações. Mas poderia deixar registrado as palavras de protesto e indignação mental. E um certo ar de: Qual o próximo passo, de forma estratégica? No fim tanto faz o que eu penso. Porque uma andorinha só não faz verão. Ou porque nem todo pensamento individual é registro da verdade. 
Ou importa muito o que penso. 
Posso ser peça chave. 'Peças de mudança' ouvi de uma amiga e profissional de turismo e gestão de projetos. Adorei. 

Pensei durante o dia, o que tenho a perder? Devo? Temo? Não. Trabalho, faço, me envolvo e sim, me comprometo. Falta dar o passo. 'O' passo, com letra maíuscula expressa melhor. Mas o que significa realmente tomar uma decisão que impacta a vida?

Outra? 

Quantas vezes já mudei? de endereço, personalidade, profissão? Pensando bem mais de casas que do resto, que sempre se manteve numa certa estabilidade relativa. Bom. Depende do que seria estabilidade, como conceito e ao pé da letra. Hoje não dá pra escrever um texto. Ordenado, organizado, pautado. Não agora, depois de cerca de doze assuntos diferentes tendo sido trabalhados e fechados durante o dia, e mais seis começados. Foram milhares de palavras que precisei encaixar dentro da minha cabeça antes de mais nada, quase que em ordem alfabética, pra depois manda-las cada uma pro seu lugar em frases que dizem tudo e palavras que dizem nada. Com título e fotos.
Agora a cabeça está vazia, confusa, perplexa. Nada precisa dizer alguma coisa. Defendo que tenha que existir espaço pra escrever sem direção ou sentido. Texto de artista, de quem vive vida de malabarista. De quem lida com assuntos que vão de A a Z e ainda tem muito a aprender. De quem escreve com corpo alma e emoção. Com o coração.


Palavras, apenas e pequenas, parafraseando Cássia Eller gosto de lembrar. Adoro as palavras.



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Entidades de Campos do Jordão oficializam cobrança de prazo para apresentação do projeto de Natal 2010

A Associação Comercial e Empresarial, Convention Bureau, Cozinha da Montanha, Central de Pousadas, Associação de Hotelaria e Gastronomia e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e similares - após inúmeras reuniões entre seus representantes – somando esforços com a intenção de viabilizar ações em benefício da cidade, protocolaram no dia 21 de setembro um ofício na Prefeitura Municipal solicitando que seja apresentado até 4 de outubro um projeto de Natal para o ano de 2010, com a definição dos papéis de cada um para sua realização.

As entidades se colocam a disposição para ajudar no que for necessário, porém deixam claro que, caso a Prefeitura não apresente o projeto para início de execução dentro do prazo pré-estabelecido, as mesmas estão determinadas a elaborar e executar um projeto de Natal sem a participação do poder público.

A solicitação com data pré-determinada tem como objetivo que haja tempo suficiente para que o empresariado e comunidade se organizem enfeitando suas fachadas e jardins de acordo com uma única temática e que seja realizada a divulgação com antecedência necessária.

É fundamental o esforço, a participação e o envolvimento de forma coletiva nessa ação, proporcionando a possibilidade de uma temporada de verão com benefícios para o comércio e toda a população local, diretamente impactada pelo turismo. O aumento do movimento nos meses de baixa temporada tem como consequência, em curto prazo, a geração e manutenção de empregos, oferecendo retorno financeiro para toda a comunidade, que em longo prazo permitem integração socioeconômica de toda população.

As entidades representativas têm realizado reuniões semanais em busca de encontrar soluções para o problema da sazonalidade que atinge o município.



Nota a imprensa em 22 de setembro de 2010.
Grupo das entidades - Campos do Jordão / Natal 2010. 


 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manual de Instruções On-line

Muitas vezes compramos um produto e deixamos de lado o manual de instruções na hora de utilizar. Depois de algum tempo, quando queremos acessar alguma função adicional ou mesmo saber mais sobre o produto, cadê o manual? Foi pro lixo com a caixa do produto, ou se perdeu em meio às gavetas, na infinidade de papéis que costumamos juntar.




Como pra quase tudo a internet tem uma “solução”, eis mais uma novidade: Atualmente são 1 870 000 manuais de mais de 5.600 marcas.
Os usuários podem montar sua biblioteca personalizada de manuais para consultas posteriores.
Caso esteja precisando de instruções não deixe de conferir. As informações do site podem ser úteis:

Sobre escrever e ter escrito

'Não gosto de escrever, gosto de ter escrito.'

Certa vez li essa frase (não lembro onde e nem quem escreveu) e me identifiquei muito. E é exatamente o que acontece comigo. De repente, depois que escrevi, horas depois volto pra ler e gosto do que vejo. São textos leves, claros, concisos. Mas e durante o processo da escrita?
Nessa hora as ideias parece que se misturam de propósito, teimam em mesclar assuntos que interessam aos desinteressantes. As palavras não se combinam e as frases sempre ficam com aquela aparência de 'poderia estar melhor'. Falta criatividade e sobram pensamentos confusos. Até a opinião, já formada, insiste em se esconder em um lugar privilegiado do cérebro em uma irritante e sem graça brincadeira de esconde esconde.


'Se o que é errado ficou certo as coisas são como elas são, inteligência ficou cega de tanta informação' - Capital Inicial invadiu o pensamento. 


Sim, é outra 'mania' bem na hora de escrever.
A cada texto, conforme o assunto, surge uma frase ou música automaticamente na minha cabeça que se encaixa. Bem descrevem e combinam com o pensamento. E aí mais uma vez minha linha de raciocínio se confude. As ideias se mesclam, misturam, se atrapalham. E essa 'confusão e misturança' mental é um dos bons motivos deu não gostar de escrever. Mas sim, gosto de ter escrito. E de 'me' ler depois.




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Crítica a TV

A televisão gera pobreza mental e conformismo, trazendo um mar de futilidades. Tem as imagens que o rádio não possui e é capaz de fixar hábitos na rotina das pessoas. Entrou na corrente sanguínea do brasileiro. Dados do IBGE, de maio de 2010, revelam que 57,2% da população passa pelo menos uma hora por dia em frente e televisão. 

A TV não exige mobilidade nem alfabetização, só o controle remoto. Pauta nossas conversas, dita nossa hora de dormir, a decoração de nossas casas, a qualidade do que comemos, compramos e sabemos.


Babá hipnótica ela atrai, fisga, seduz. Invade o imaginário, dita regras de conduta e modelos imitados. Estima-se que, quinze por cento do público, compra sessenta e cinco por cento do que é anunciado na tv. Com seu modo próprio de tratar as coisas da vida, retratar o cotidiano, enquadrar a realidade em seu terreno e ao sabor dos seus caprichos a publicidade inverte valores, os programas redefinem os limites da privacidade e o jornalismo dança conforme o entretenimento.


A vida ganha cores paralelas e outro contorno.
A insaciavel curiosidade alheia é alimentada.
A vida vira filme e há cada vez mais gente disposta a tudo para deixar de ser figurante.
Qual o limite entre a ficção e a realidade? O que é fato e o que é simulacro?

A TV banaliza comportamentos, o modo como encaramos a violência, o sexo e a censura. Fragmenta seu auditório em cem milhões de lares com suas fórmulas batidas, a emergência de shows popularescos de auditório, o avanço da uma submúsica indigente e pornográfica, a erotização generalizada e a disseminação de um jornalismo demagógico e sensacionalista.



Fora anunciada como a prodigiosa máquina que daria às pessoas o acesso ao melhor da arte, da ciência e da cultura universais. O mundo entra nas casas, o conhecimento é incutido pelos olhos e ouvidos, sem esforços, sem custos, com prazer. Alienante e desmobilizadora, já chamada por estudiosos de máquina de fazer doidos, e definida por Henfil como “a máquina de chupar cérebros”, ela está presente em todos os lares, em todos os lugares. Alienando, subvertendo, alimentando imaginários e consumos.
Já parou pra refletir?


 

*Texto produzido para trabalho de faculdade curso de jornalismo, com adaptações de dados recentes.

sábado, 11 de setembro de 2010

Jogue fora o que não serve mais

'Por que você deve jogar 100 coisas fora já' - é uma das chamadas da capa da revista Bons Fluidos desse mês. Uma publicação deliciosa, e que desde menina mergulho a cada texto e reflito. É como uma sessão terapia. 

Sempre acreditei nessa teoria de que é bom se livrar daquilo que não usamos, que não nos serve mais. Pra abrir espaço pro novo. Uma vez, há muitos anos atrás, nessa mesma publicação li que quanto mais a gente juntava coisas, nossos 'fios' de energia iam se dividindo pra dar conta dessas coisas, e ia de certa forma afinando o fio das demais. Ou seja, dispersão do foco de energia. Nunca mais esqueci. Portanto se algo não nos serve é melhor descartar, reforçando as energias praquilo que realmente interessa.

O desapego é um dos mais importantes preceitos defendido pelo Budismo, que acredita que o desejo é a causa de todos os sofrimentos, ou da grande maioria deles. O desafio proposto pela matéria é o de jogar 100 objetos/ sentimentos que só atrapalham a vida e o caminho. Dentro de casa, do escritório, de nós mesmas. Achei um bom exercício.

Do quarto posso jogar sapatos velhos, frascos de perfumes, esmaltes ressecados, cremes de cabelo fora de uso, e talvez de validade. Do banheiro os shampoos velhos, vazios, a pasta de dente quase acabada, quando uma nova já entrou em uso. Da sala jornais velhos, brinquedos e papeis. Da cozinha temperos, tampas sem potes. Garfos tortos, copos lascados. Do coração mágoas, sofrimentos, temores. Aquele rancor do passado que não trouxe nada. Jogar fora o que não serve. Os sentimentos, objetos, pessoas. Sim. Tirar do caminho, da vida. Deixar o espaço livre. Pro novo. Novas pessoas, sentimentos, objetos. Nova vida. 

Porque você deve jogar 100 coisas fora?
Por que o novo te espera, e não há tempo a perder com cacarecos. Coisas velhas, inúteis, e que ocupam espaço e energia.


Fica a dica. Boa matéria da Bons Fluidos. Fez refletir. Recomendo. Sempre.






'Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.'  -  bem escreve Caio Fernando de Abreu.


'Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer...'   -  Clarice Lispector pra encerrar.








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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Trecho solto ao vento, de Caio Fernando de Abreu



        'A nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viver as superfícies, enquanto eu era capaz de ir mais fundo, de não sentir medo desse mais fundo. Parece difícil de você enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida. Ouça aqui, mocinho. Não fique pensando que o mundo lhe pertence não. Não caia nessa onda. E outra coisa ? Não se esforce. Pelo menos não tanto, não fique aí remando contra a maré, dando murro em ponta de faca.

        Veja - se não fora pra ser, não vai ser. Acredite em mim. Coisa boba essa sua tentativa de ir alem. E olhe, eu não estou pedindo pra você desistir não, não é isso. Eu só quero que você pense mais, que leia mais. Que tenha argumentos melhores...'   



        Caio Fernando de Abreu*




terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sinais. Eu acredito.

Vou considerar um sinal.
Já li 'Comer rezar amar' de Elizabeth Gilbert em 2008. O livro conta a história de uma mulher a beira dos 30 anos, com tudo 'resolvido' e que de repente resolve se separar. Abandonar um relacionamento que não tem nada de errado exatamente. Ela está no contexto errado. Na hora errada.

As identificações com a leitura foram várias. Sabe aqueles livros que dá vontade de não parar de ler? Uma leitura que 'desliza' - com incrível narrativa. Várias são as frases destacadas com marca texto. Esperando pelo próximo passar de olhos.

Entre as leituras que já existiam, entrei num desses momentos de necessidade de ler algo que fizesse 'efeito'. Eu sempre me ajudo com livros. É um hábito desde menina. Com frases, reflexões. Sim, autoajuda. Vi na estante 'Comer rezar amar'. Resolvi ler de novo, pra relembrar. E não é que como da primeira vez, adorei e surtei a cada página. Quantas frases conversam comigo.
 
Na página de agora: 'Solidão começa a me interrogar, coisa que sempre detesto porque sempre dura horas. Ela é educada, mas implacável, e sempre acaba me encurralando. Pergunta se eu acho que tenho algum motivo para estar feliz. Pergunta porque estou sozinha essa noite, outra vez.... Pergunta onde acho que vou estar quando ficar velha, se continuar vivendo assim.'

Não é pra parar pra pensar, quando é o momento que se vive? E essa é apenas uma frase, das inúmeras.
Lendo ontem a revista Gloss desse mês e eis que tem uma matéria sobre? Julia Roberts em seu papel como protagonista de? Sim... Comer rezar e amar, que tem estreia prevista para o próximo dia 24.

Comprei a revista do nada. Resolvi reler o livro, passado-o na frente de tantos outros novos, do nada.
E aí leio sobre ele. Será um sinal? Eu senti que sim.
Vou estar atenta a cada frase da obra. E sobretudo a mensagem final. Bóra pra (re) leitura. Recomendo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pensamento solto: Sobre o que escrever

Não sei sobre o que escrever. Acontece tanta coisa ao mesmo tempo que perco a noção de relevância  algumas vezes. O que de fato importa? Marcou efetivamente meu dia e me estimulou o pensamento? Pode ser tantas coisas. Talvez a conversa da hora do almoço. Interessante e estimulante, com pessoas inteligentes e importantes. Ou quem sabe o sentimento da noite de ontem. Diferente e insana. Com particularidades que só as paredes definiriam com perfeição. Ou a notícia do começo do dia. Mas qual notícia específica, em detrimento das outras, das quais ficamos sabendo rasas informações no cotidiano, tomado pela pressa?
Sobre a música. Como ela se encaixa no momento, o que ela diz e representa. Como é gostoso ouvir certas vozes cantar? Maria Gadu invade o momento.
Sobre as reflexões no decorrer da semana a respeito da vida, e seus temperos e dissabores?

Não sei. Quem sabe sobre o feriado que será numa terça e tem lugares emendando o sábado. Como assim? Ainda dava pra falar sobre a chuva, anunciada pela previsão do tempo no domingo e/ou segunda, e que é desde já celebrada, visto que o ar seco está acabando com todo mundo.

Ou sobre as ideias de uma nova oferta de trabalho. Sobre a Serra da Mantiqueira, que estava linda hoje a tarde. Sobre amigos, que bem valiosos. Dava pra escrever sobre a monografia da pós que ainda não comecei. Sobre o carro que quebrou. 


Ou falar sobre aquele projeto social que tenho na gaveta, de um modelo de jornal com uma determinada comunidade, nas redondezas de onde moro. Dava pra falar sobre a terapia em grupo via msn com as amigas de faculdade, que vão ficar pra sempre na memória. Quantas trocas. Sobre o anoitecer nas montanhas. O som alto vindo do quarto do filho pré adolescente. Os helicópteros que já estiveram essa semana pousando no heliponto do Palácio da Boa Vista.

Dava pra falar sobre tudo. Sobre cada coisa. E mesmo assim deixaria muitas outras de fora.
Resolvi então falar sobre nada. E só pra não deixar de escrever, postei.



Enquanto escrevo toca pra inspirar...



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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ser Humano

Hoje fiquei pensando no ser humano. Em mim, em você. Em como somos. Como vivemos, o que aspiramos. Quantos de nós faz a diferença e de que forma. E o pensamento veio depois de ver um moço limpando um orelhão da Telefônica. Sim, limpando o orelhão. Não sei se já tinha reparado, se é uma cena cotidiana, deve ser. Ou não. O fato é que claro que eles não duram muito tempo super limpos, mas existe esse serviço o que acaba por preservar, evitar que fiquem muito piores. Enfim. Por trás desse trabalho, da marca Telefônica, tem uma pessoa. Um ser humano. Como eu, você. Que tem sono, fome, sede, frio. Ama, sente raiva, vergonha, gratidão, fé. Esperança, de um amanhã melhor.

 
A cena foi pitoresca pra mim. Quase sempre nas ações e manutenções o que aparece é a marca, a empresa. E com a correria da vida quase não se pensa que existem pessoas por trás dos processos. Com histórias, verdades, crenças. A cada dia dezenas de milhares de estórias são escritas. Nas ruas, bairros, cidades.




E aí depois vi agentes do IBGE em dois bairros, comecei a olhar as pessoas nas calçadas. Pensando qual seria a profissão, quantas são as histórias, o que há por detrás dos sorrisos, das expressões sérias e carrancudas. Pensar que existe uma vida, uma marca, uma ferida em cada um. E também amor, valores, ideias, temperos e dissabores.




Viver é saborear um banquete no final das contas. Pouco a pouco. Horas amarga, horas adoça.

Precisei transformar em palavras porque me fez pensar a minha história. E a de cada um que vejo ao meu redor. E sempre lembrar de entender melhor o outro, porque ele é nosso semelhante. Fica a dica.


 'Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este fim. É isto que motiva as ações de todos os homens, mesmo dos que tiram a própria vida.'   -  Blaise Pascal


domingo, 29 de agosto de 2010

A comunicação na era da informação

Você está atento as formas que seu consumidor pode chegar, ou deixar de chegar até você? Já parou pra pensar que as mídias digitais podem ‘espalhar’ o nome do seu estabelecimento por aí? A comunicação, nos dias de hoje, e cada vez mais, alcança lugares longínquos, e o que antes era difícil de informar, de fazer chegar a algum lugar, hoje demora o tempo de um click.

O tempo gasto pelo brasileiro na internet de acordo com o IBOPE, no ano de 2009 era de 26 horas e 15 minutos mensais, e os usuários com banda larga em casa ultrapassavam a marca de 22, 3 milhões. Foi constatado ainda que 70% das empresas do estado de São Paulo ainda não fazem nenhum tipo de divulgação online. A pergunta que não quer calar é: ignorar a existência desse ‘mundo’, que veio pra ficar é o caminho? Definitivamente não.

Existe um aplicativo para Iphone que permite que as pessoas que estão, por exemplo, em um restaurante digitem o que estão achando, e quem quer consultar tem acesso. Fiz o teste na temporada. Acionei o aplicativo pra ler comentários sobre restaurantes. Uma mensagem dizia que em restaurante ‘x’ a fondue de carne era horrível. Certamente o proprietário do estabelecimento não soube dessa informação, ou até soube via reclamação ali, mas não imagina que os clientes já tinham colocado na rede. Quem estava procurando um restaurante pelo mesmo aplicativo certamente descartou aquele.

O controle de satisfação fugiu do alcance do empresário. A comunicação que até pouco tempo era local, agora virou global. Vale à pena pensar a respeito. Fica a dica, e até a próxima.


Publicado em Jornal do Comércio - ACE Campos do Jordão ed. agosto/2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Circuito Mantiqueira estuda nova proposta de comercialização do território

Com a proposta de apresentar um novo modelo de comercialização de Circuitos, José Bento Desie, Coordenador de Turismo do SEBRAE-SP, se reuniu nesta terça (24) com membros da governança do Circuito Turístico Mantiqueira no Centro de Informações Turísticas em Campos do Jordão. Desie, que trabalha com turismo desde 1976, mais uma vez dividiu sua experiência com os participantes, fomentando idéias para um turismo que precisa se aperfeiçoar. 


Em uma breve explicação sobre os Programas de Turismo desde os anos 70 com objetivo de alinhar o entendimento da comunicação sobre a regionalização, o coordenador discorreu sobre os Circuitos Turísticos, o fato de eles terem vida própria e estarem consolidados no Estado de São Paulo, onde se concentra a maioria deles.   


Ressaltando a informação divulgada pelo Ministério do Turismo que 80% dos turistas viajam por conta própria, a proposta é uma estratégia de divulgação e promoção diferente, com novas formas de abordagem e apresentação dos produtos.

A idéia é que os Circuitos Turísticos falem direto com o público consumidor, justificando a participação nas últimas feiras e nas que vem pela frente, todas voltadas ao público final. Uma ação semelhante à montada na última temporada no Estação Vivo de Inverno em Campos do Jordão está sendo viabilizada no Center Vale em São José para a fomentação dos três Circuitos Turísticos da região - Religioso, Vale Histórico e Mantiqueira. “O turismo tem que sair do nível institucional e passar para o nível de negócios” ressalta Desie. “Quando se fala em negócio de turismo a visão é sempre muito individualista. A questão é começar a entender negócio como coletivo. É esse o desafio” - provoca.                                                                                                                                                                                              
A sugestão é partir da visão do turista. O que ele enxerga? Tendo uma visão transversal e não individual, abrangendo todos os segmentos. “O representante comercial tem que ter uma visão sistêmica” – ressalta Bento, para quem a adequação de um método de comercialização se trata de um passo evolutivo fundamental na questão de inovação “Criar novos modelos, aprimorar o turismo como negócios e buscar outros caminhos.” – destaca.

Participaram da apresentação 23 pessoas entre membros da iniciativa publica e privada.



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Questionamentos

A situação.

Recebi um convite no orkut pra adicionar 'Queremos Fulano para as eleições 2012' - coisa assim. Ok. Adicionei, porque conheço e inclusive tenho minha parte de admiração pelo fulano, embora não defenda partido ou candidatura alguma. Neutra e a favor da melhora na comunidade local. Seja quem for o responsável e 'salvador'.
Escrevi na página de recados dele, apenas pra validar ser uma pessoa de boas intenções: 'A dúvida nesse mundo virtual é se você é realmente você ou alguém que se passa por.   O.o   '

A resposta? Minutos depois foi excluído meu recado. Detalhe: os outros recados continuam lá.
Sei sei. Não interessa ter uma pessoa questionadora por perto.

Não pode ser a pessoa, penso. Ou pode?
Não me importa na verdade, apesar de que não seria estratégico se expor e diante o primeiro questionamento, de uma série que podem surgir para uma pessoa que pretende uma vida pública, simplesmente correr.
Precisava debater? Não. Só responder de forma sincera. Não, to fazendo uma pesquisa. Sondando. Enfim. Ou sim. Sou eu boa noite e seja bem vinda. O.o 


O que me importa de fato?   
Não pode ser que as pessoas se enganem com tanta facilidade, é o que penso em seguida.
Fato é que 158 pessoas (por enquanto e os números só aumentam) já adicionaram sem sequer perguntar, ou questionar. Inclusive conversam como se fosse fato que é a pessoa X que está por detrás do perfil. Cadê a capacidade de pensar das pessoas? O questionamento. Quem disse que é?

Tudo que recebemos de informação basta ir aceitando, sem sequer perguntar?
Que mundo é esse?


'Por favor pare na próxima estação que eu quero descer' - tem alguém na direção?
... Opinião. Da situação.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Reunião x Ação, questão de opinião

Poderia escrever a respeito de uma reunião sobre turismo e comercialização de território que participei ontem, onde o ponto alto foi a proposta de inovação, com estratégias diferentes de tratar o turismo como negócio. Ou sobre outra de segunda de manhã, onde um bate boca permeou parte do encontro, e o assunto polêmico foi comunicação e cerceamento da informação como se fosse possível. Ainda sobre uma 'coletiva de impresa' hoje, sobre a implantação de uma pequena 'fábrica' de cosméticos na cidade.

Todos esses encontros renderam um ponto alto, que merecia ser discorrido. Mas talvez seja interessante dar atenção a um dos pontos comuns. Nesses encontros, e nos da semana passada, e retrasada. 

Cheguei a conclusão que sofremos de 'reunite'. 
É incrível a quantidade de reuniões e afins que acontecem aqui e ali. Parte ruim? Não acredito que 10% do que seja debatido saia da mesa de discussão. Falta comprometimento, ação, atitude. Sim, muito bonito, louvável e claro, o primeiro passo se reunir. Mas reunião pra marcar reunião? E a quantidade de vezes que uma mesma linha de raciocínio é apresentada em situações diferentes, e as pessoas fazem cara de quem estão ouvindo pela primeira vez? Na hora das ações práticas simplesmente ignoram ter ouvido alguma informação a respeito daquele assunto.

Ego, eu faço, eu resolvo, amanhã, depois mando e-mail, vou anotar tudo aqui. Pauta? Fácil fácil fugir dela.

Sobre o que mesmo viemos falar? Ah sim, marcar uma próxima reunião. Pra decidir então o lugar, como, quando, se realmente vai acontecer. Mas - já não ficou definido? Ah sim, definido a intenção. Ação, é assunto pra próxima reunião. Ou não.










segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Poder do pensamento

'Nada existe de bom ou de ruim, é tudo obra do pensamento.'- a frase de William Shakespeare me fez parar pra pensar.

Sim, os acontecimentos são neutros, e somos nós quem damos forma, cor, cheiro e sabor ao  que acontece. Os fatos apenas são. Fatos. E ponto final. A partir daí tudo depende da nossa interpretação da realidade, do momento que vivemos, do que estamos sentindo. Nossos sentimentos condicionam nossa realidade, e assim damos um sentido de valor as coisas. Boas ou ruins. 


Um copo d'água pela metade sempre poderá estar meio cheio ou meio vazio. 
Depende de quem vê. Quando vê e como vê. No fim das contas nada está tão ruim, ou tão bom, basta ajustar o olhar. Focar, fechar. E prestar atenção naquilo que vai enxergar, e principalmente pensar.





domingo, 22 de agosto de 2010

Circuito Mantiqueira fecha ciclo de reuniões



As reuniões mensais de governança do Circuito Mantiqueira fecharam um ciclo em agosto (3). Os encontros já se realizaram nas sete cidades, retomando a primeira delas São Bento do Sapucaí, com a presença de 26 pessoas. Foi ressaltada a importância de alinhar as ações de todos os municípios em um objetivo comum, além de sugerido pela gestora do projeto o alinhamento do material de comunicação dos empreendimentos ao Circuito Mantiqueira, o que ajuda a dar visibilidade.
A segunda fase tem previsão para aprovação até o final de agosto, e o cronograma de funcionamento a partir de setembro. A importância da participação e do envolvimento dos empresários também foi ressaltada “Quem faz o turismo acontecer é a iniciativa privada. O papel da iniciativa pública é importante para o apoio logístico.“ comenta a executiva Roselaine Dantas.
    A Mostra de Arte e Artesanato que ocorreu em julho em São Bento do Sapucaí foi um dos assuntos da pauta. O projeto da Mostra prevê apresentação de arte e artesanato da região de forma itinerante entre as cidades do Circuito. A ideia de agregar a gastronomia as Mostras foi levantada. “A variedade e qualidade dos artesanatos na região é surpreendente, e fizemos um pós-evento pra detectar as possíveis falhas que serão ajustadas na próxima apresentação” – destaca Roselaine Dantas – Gestora Executiva do Campos do Jordão e Região Convention & Visitors Bureau e do Projeto Circuito Mantiqueira.
    De acordo com pesquisas, cerca de 80% dos turistas viajam de forma autônoma, afirma Marco Aurélio Rosas do SEBRAE Guaratinguetá. Por isso a participação do Circuito em quatro feiras que tem como público alvo o consumidor final, é uma forma inovadora de fazer contato direto com o turista, se tratando de uma estratégia comercial, onde a divulgação não fica por conta da distribuição de panfletos – que é apenas um instrumento.  Nas feiras será divulgada a média que o visitante vai gastar na região, sendo oferecidas três modalidades: economia, conforto e luxo. “O turista quer saber preço, e quem não passar o preço não será divulgado” – ressalta Marco Aurélio.
    Outro dos assuntos tratados foi sobre a formação de representantes comerciais dentro do Circuito, com a ressalva de que é preciso uma pré-disposição a vender o todo e não um local específico. “O hotel sozinho é uma hospedagem, mas existe a necessidade de vender o entorno” defende Roselaine Dantas. “O turista enxerga o todo, ele não tem visão segmentada” – lembra ressaltando a importância de oferecer opções para o visitante. 
    O Circuito Mantiqueira está recadastrando todas as empresas participantes do projeto para dar início a sua segunda fase.




O Circuito Mantiqueira é um projeto de regionalização de turismo sustentável que envolve sete cidades da Serra da Mantiqueira: Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Pindamonhangaba, Piquete, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e  São Francisco Xavier - distrito de São José dos Campos.

 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sobre leituras e identificações

Acho incrível quando nos identificamos com o jeito de escrever de algumas pessoas. Engraçado que, com as mesmas palavras, pessoas diferentes articulam de formas diversas. E cada qual monta seu texto, sua história, da sua forma. Algumas se tornam marcantes. 

Pra começar Clarice Lispector. Como não AMAR o que essa mulher escreveu? Me encontro nos parágrafos, me acho, me perco. Me embaraço. É um alento. Porque me define, exprime, exime. Me deixa em paz comigo mesma que digo porque sinto vendo que alguém já sentiu e precisou dizer. Frase preferida: 'Obstinada eu rezo, eu não tenho o poder, tenho a prece'. Mas confesso ter muitas outras que me encantam e se encaixam. Paixão absoluta.

Martha Medeiros não me surpreende de forma diferente. Como quem conversa com minhas angústias medos e atropelos do dia a dia. Mais do que frases, seus textos me enlouquecem. Fascinam, excitam.  Escreve o que vivi, senti. Ouvi. Ou quero experimentar. Em qualquer lugar que ver algo assinado por ela é certo que vou parar tudo pra ler. 'Tenho juizo, mas não faço tudo certo, afinal todo paraíso precisa de um pouco de inferno!'  - extraio uma frase de um texto, e me sinto aliviada. Alguém sente, como eu.

Adriana Falcão é outra que me encanta com o que já escreveu. ADORO ler suas frases sempre. 'Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma'. Me encanta sua "Mania de Explicação".

E quem me inspirou ao post é uma publicitária, que atua como jornalista, e que gosto desde faz tempo. Chegava a comprar certa revista só porque ela escrevia uma página, pra poder mergulhar nas suas palavras, sempre ditas 'especialmente pra mim.' Gisela Rao. Navegando pela internet naquelas buscas sabe-se lá do que encontrei um blog dela: www.vigilantesdaautoestima.zip.net


Que máximo! Adorei. Afinal era pra isso mesmo que ler Gisela me ajudava. Manter a autoestima, em alta. É o que ela escreve, mas também a forma de juntar as palavras.


Clarice, Martha, Adriana, Gisela. Outras (os) que não me lembro agora. Pra ler, entender, absorver. Como é incrível a identificação criada. Com cada texto, cada palavra. Cada história.  

'Feliz Já' - Gisela Rao usava pra terminar seus textos da revista. 
Termino parafraseando. 'Feliz já, e pra sempre'

 


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Só mesmo em Campos do Jordão. Ou não? Parte II

Hoje foi o segundo dia na semana que vim pra casa com o mesmo questionamento...
Não sei se é 'mania' de cidade pequena, se todo lugar é assim, ou se é mesmo uma característica de Campos do Jordão o fato da não valorização da mão de obra local. Quer dizer. Sim, existe um grande 'problema' na mão de obra oferecida em cidades pequenas, e Campos não foge disso. O acesso a educação é falho, as oportunidades poucas e a cultura da própria cidade, fria, faz com que as pessoas sejam pouco participativas. Mas isso não quer dizer que não exista mão de obra qualificada na cidade em área alguma. 
E não vem me dizer que santo de casa não faz milagre. ...

Ouvi em duas reuniões diferentes o assunto de contratar uma empresa pra prestar serviço X pras entidades. A fala: 'Combinamos com o moço de vir de São Paulo dia tal. E vemos outras opções de lá.' ... MAS peraí... já checaram se a cidade oferece esse tipo de serviço? Se existe alguém qualificado? Antes de trazer uma pessoa de outra cidade e valorizar como se a pessoa fosse Deus, não dava pra encontrar (ou tentar) no próprio município alguém que atenda as especifícações? 

Será que se falo em turismo sustentável, incentivo a economia local, e contrato uma pessoa de fora não estaria na prática indo contra a teoria? ...
Porque Campos do Jordão insiste nessa mania imbecil e tosca de viver de aparência? Se o Juca vem de terno e gravata da capital num carro alugado diz que presta serviços A, Y e Z, sem necessidade de comprovação real o sujeito é aplaudido em pé. Não importa se depois deixará um prejuízo na localidade, se só está pensando em ganhar dinheiro, se aquela aparência não condiz. Parece que é. Então é. 
Agora, na humildade, o 'pobre' cidadão jordanense, pinhão da terra, pode ter estudado, amar a cidade, ser comprometido, mas se vestir tênis e não parecer que é bem sucedido a qualquer custo, será considerado um idiota. 

Importa não é ser. É ter, quer dizer, parecer que tem já basta. 
Conhecimento? Só quem tem reconhece um semelhante. Quem não tem acredita em qualquer baboseira.
Que idiotas. Até quando? 


Questão de opinião. Talvez esteja certa. Talvez não. Mas de qualquer forma fica a reflexão.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O tempo

O maior dos desafios de criar um blog talvez seja justamente esse. Sobre o que escrever todos os dias. O que em detrimento do que. E porque. Tem dias que tudo causa interrogação. Outros dias são as interrogações de sempre as que assombram. 

Fato é que todos os dias termino pensando sobre o tempo. Sim. Quanto tempo temos e pra que. Como aproveitamos nossas horas durante o dia? Sabemos dividir ou quando vemos nos dedicamos demais a uma tarefa, e de menos a outras? 
O que é prioridade, e o que não é. Quanto tempo preciso me dedicar a atividade X ou Y. O que deixar de fora do meu dia pra poder encaixar todas as coisas necessárias. Afinal, quais são as coisas realmente necessárias? 


Definitivamente não é fácil administrar o tempo. Encaixar as tarefas nas 18 horas disponíveis, ou não tão disponíveis assim. Sim, porque é merecimento dormir, no mínimo, 6 horas. Eu divido meu tempo entre o trabalho que inclui meia dúzia de clientes, estudo, livros, revistas, panelas, roupas no varal, ser mãe e pai, amiga, filha, irmã. As vezes ainda resolvo caminhar nas montanhas, cuidar de crianças, escrever sem hora pra acabar. Mas ainda me vejo sem tempo prum monte de coisas que acho importante. Sim, preciso organizar e administrar melhor meu tempo. Preciso de um manual. Do tempo. Sugestões? 

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Frase solta com opinião, sobre política

"A política é talvez a única profissão para a qual se pensa que não é precisa nenhuma preparação."

Robert Louis Stevenson

 'Assusta' pensar nisso. Se não existe preparação por parte dos políticos, o que existe é uma repetição de ideias, retrógradas, ultrapassadas e diria até - em tom de provocação - imbecis. Como assim. Que tipo de pensamento passa pela cabeça do sujeito quando ele resolve ingressar na vida política?

O sistema está perdido, tinha que mudar TUDO. Salvo raras exceções. Descontaminar. Sabe quando tem laranja podre dentro da caixa? Então. 

Tá, utopia eu sei. E qual a saída?
Perguntas sem respostas. 
Respostas urgentes, e necessárias.




segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pílulas: Turismo Brasileiro

Li um trecho de um livro que resolvi deixar registrado. A teoria por acaso valida dois ou três posts anteriores, uma discussão sobre turismo, Campos do Jordão e as notícias divulgadas a respeito. 

O capítulo é entitulado: Os velhos problemas do turismo brasileiro.

No Censo de 2000 realizado pelo IBGE, ficou claro que existiam graves problemas estruturais no Brasil, como as diferenças sociais e a violência. 

'No setor empresarial persistem um certo amadorismo, a falta de qualidade, formação profissional deficiente e velhos feudos burocráticos das instâncias governamentais que, especialmente nas regiões mais atrasadas, são um entrave ao desenvolvimento. Tudo isso prejudica a expansão do turismo no país, e muitas pessoas não tem consciência da gravidade dos problemas, preferindo manter uma posição alienada de que "tudo bem, afinal somos simpáticos e alegres". O pior é que algumas instituições (sindicatos, órgãos de classe, imprensa cooptada por interesses políticos locais, órgãos oficiais de turismo, escolas) insistem em manter uma posição alienada em relação aos problemas do turismo brasileiro e agem como se o setor fosse um dos melhores do mundo. Essa postura não crítica leva a atitudes levianas de glorificação das belezas naturais e à idealização da cultura popular, como se não fossem necessários planejamento sistêmico, formação profissional continuada, implantação e operação profisional de projetos, operação, política consistente de marketing e pesquisa para buscar sempre melhores índices de atuação.'


O que espero sinceramente é que no Censo que está sendo realizado em 2010 seja um pouco diferente.  Não creio no muito, mas pouco me basta. Melhor do que nada. A passos curtos, mas adiante. E que no de 2020 ainda mais, muito mais. Que as pessoas despertem da alienação em que vivem, que percebam que varrer a sujeira pra debaixo do tapete está comprovado não dar resultados, muito pelo contrário. O famoso tiro no pé.  Questão de opinião.



Livro: Turismo Básico de Luiz Gonzaga Godoi Trigo 

Curso de LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais


Pequenas surpresas encontradas no cotidiano do jornalista. Cotidiano esse que nem sempre funciona com rotina. Fui cobrir um curso de LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais, onde participaram quase 50 pessoas na turma da noite, além das turmas da manhã e tarde, na Associação Comercial de Campos do Jordão. A princípio, confesso, sem nenhuma motivação especial, talvez curiosa, era apenas mais um trabalho. Mas pra minha surpresa ficou marcado no meu pensamento. A mensagem de ajudar o próximo, aprender a se comunicar melhor, entender, falar, 'abraçar' um outro universo, trazer o outro pro seu. Inclusão, respeito, troca.
Poxa, quanta energia vi e senti nessa primeira aula do curso, que tem duração de dois meses. Algumas colaboradoras do comércio da cidade foram levadas pela instrutora Joaquina, para ajudar a ensinar, corrigir se necessário, conversar, trocar, compartilhar. Quanta participação, envolvimento, mútuo.
Com presença de alguns empresários, gerentes de banco e muitos professores, apesar de sucesso de público visto outras ações similares, penso que deveriam ter mais pessoas, afinal é um aprendizado valioso, e necessário. Foi uma lição pra mim. Da existência de outro 'universo', tão perto, tão ali, no cotidiano.

LIBRAS é a língua de sinais para conversar com os surdos e não é universal, ou seja, cada país tem sua própria língua de sinais. Línguas com estrutura gramatical própria, o que as diferencia das outras é seu modo visual-espacial. Aprender LIBRAS é como se a pessoa aprendesse outra língua. Os sinais se formam da combinação do movimento e da forma das mãos e da parte do corpo onde esses sinais são feitos, ou apontados. Apontar alías é considerado culturalmente e gramaticalmente um sinal aceito. 






domingo, 15 de agosto de 2010

Frase solta, sobre leitura...

'Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias.'  Mário Vargas Llosa 
 

Só mesmo em Campos do Jordão, ou não?

O assunto desse post surgiu de uma matéria que fiz, sobre o fim da temporada de inverno de 2010 em Campos do Jordão. Cinco entidades representativas se uniram para discutir os efeitos da temporada, o que foi bom ou ruim. A declaração, unânime na mesa de reunião, foi de que a temporada foi abaixo do esperado, o público mudou, e as expectativas não foram atendidas. Os motivos? Cada qual atribuiu o seu. Além dos representantes das entidades (Associação Comercial e Empresarial, Asstur, Central de Pousadas, Convention Bureau e Grupo Cozinha da Montanha) alguns comerciantes de segmentos variados também expressaram suas opiniões. A matéria foi publicada em dois veículos da cidade: no Jornal Tribuna e no Jornal do Comércio. 


Reflexos da matéria

Dia desses da semana passada recebi um e-mail. Pra contextualizar: Existe um Guia Turístico em Campos, uma revista muito bem elaborada porém 100% comercial, sem aspectos jornalísticos ou afins, e que circula faz anos na cidade. O editor da revista tem seus méritos e sou admiradora daquele trabalho específico dele, apesar de ter ideias bem mais inovadoras a respeito, embora não pense em transformar em ação tão ja, pelo simples motivo de outras prioridades. Outro dos 'serviços' dessa pessoa é um e-mail que é encaminhado para uma lista e entitulado 'Jornalismo Puro'. Uma vez por semana, em média, uma nova notícia é veiculada. E uma das últimas foi justamente sobre minha matéria do saldo da temporada. A declaração, que considerei infeliz, foi alvo de uma matéria posterior no Jornal Tribuna com a manchete "Cala a Boca Castelfranchi", com a opinião do veículo junto com uma carta do leitor, um turista que ficou indignado também com a declaração sem propósito e sentido, apenas pra polemizar e sem objetivo algum de agregar.

Vou colocar alguns trechos da 'matéria/e-mail', pra posteriormente fazer minha análise. Como jornalista, mas acima de tudo como cidadã. Tomei a liberdade de negritar algumas partes, que faço questão de dizer que me 'chocaram'.

'Jornalismo Puro' - trechos reproduzidos de e-mail recebido

"... Estou até freqüentando uma psicóloga para tentar me desligar dos problemas da cidade e poder me dedicar mais à minha família e meus negócios. Mas não tem jeito. Algumas coisas, por mais que eu tente ignorar e me conter, inclusive para não criar inimizades, quando podem comprometer Campos do Jordão, eu não consigo ficar quieto.
Dessa vez foram algumas declarações negativas que, além de sair insistentemente da boca de alguns empresários, que apenas falam por falar, mas que infelizmente acabaram sendo publicadas em um jornal local. Eu já estou cansado de repetir que notícias ruins sobre Campos do Jordão, se existirem, devem ser mantidas entre quatro paredes e bem fechadas.
Afinal, todos sabem, dependemos de nossa imagem para sobreviver.
        Por uma infelicidade o presidente de uma entidade, recentemente empossado, declarou numa entrevista que o nível do frequentador e o movimento de Campos do Jordão caíram. O que é isso meu amigo? Que fora! Como é que pode o presidente de uma entidade que, supostamente, deve unir, promover e vender Campos do Jordão, falar mal do produto que ele pretende vender? Erro básico e inaceitável de um vendedor.
        Nem que fossem verdades, essas conclusões (tiradas de experiência própria ou pesquisas amadoras) poderiam ser divulgadas. Eu mesmo conversei com alguns dos melhores empresários da estância dizendo que notaram, sim, alguma mudança, mas estão muitos satisfeitos com o movimento que tiveram.
        Que benefício declarações como essas vão trazer? ... ...

        ....'  ... Tem mais, no meio, depois, enfim. Mas o pouco basta pra reflexão.

Opinião, sobre fatos e versões

Como assim uma pessoa diz que está cansado de dizer o que deve ou não ser publicado sobre a cidade? Espera um pouco! Censura? Rei? Coronel? Deus? 
Em que mundo estamos?  
E é melhor manter as verdades escondidas? Quantos anos faz que Campos do Jordão joga a sujeira debaixo do tapete, tendo sua realidade camuflada pelo que aparece na mídia? Não está na hora dessa mentalidade mudar? Será que se as pessoas tiverem acesso a informações reais, boas ou ruins, não é mais fácil chegar a uma solução? 
É preciso ter ciência que o turista não é um idiota, e que sim, ele percebe a sujeira escondida debaixo do tapete. Não adianta divulgar a informação que tudo está perfeito e vivemos nossa melhor temporada porque quem visita a cidade percebe a diferença dela hoje e anos atrás no mesmo período . O turista percebe os buracos nas ruas, o lixo que se acumula nas lixeiras do centro, o descaso com que o município vem sendo administrado. 
Não sou política, não sou situação e nem oposição. Apolítica e apartidária, defendo o bem comum, a sociedade e a cidade. A questão não é dizer que está ruim pra atacar X ou Y, mas pra deixar claro que sim, essa é a situação atual. E o fato de divulgar, colocar o dedo na ferida, mostra vontade de buscar ajuda pra mudar o cenário que não agrada.


Nem que fossem verdades poderiam ser divulgadas? Já me basta ter ouvido em uma reunião dia desses a frase 'Se nós não temos esse número real de visitantes que frequentam a cidade chegamos a um número juntos e fazemos virar uma verdade.'  Espera! Como assim fazer virar verdade? Como assim nem que fosse verdade poderia ser divulgado? Como assim não é verdade? Qual é a verdade? 
Devo estar enlouquecendo. Só pode.

Conclusão...

Quanto hipocrisia. Quanta sujeira encalacrada debaixo do tapete. Quante gente olhando pro próprio umbigo e sem vontade alguma de fazer algo pela cidade, que envolve comunidade, e sim pensando só no próprio bolso. Quanta ganância. Chega a dar nojo.

Chegaremos a algum lugar assim? 

Não acredito, sinceramente. Ainda aposto na verdade. Trabalhar com os fatos pode ajudar a chegar a uma solução. O contrário não trará soluções, e sim mais problemas, mascarados, escondidos, camuflados, como tantos.


O post é apenas a descrição de uma situação, e uma questão de opinião.
Há os que devem concordar em negar os fatos. Respeito a opinião alheia, mas não apoio, e não me calo. Pronto falei.


Enfim um blog e começo me apresentando

... Sou muito mais complexa que um simples espaço, quadrado, retangular, ou de qualquer formato ou tamanho, mas que se resuma, se feche, se abafe. Como o 'Quem sou eu' aqui do lado direito da tela. 
Ali fica o resumo da resenha. Eu? Sou expressão e movimento. Tudo ao mesmo tempo.

O básico
Nascida em São José dos Campos - no Vale do Paraíba, moradora de Campos do Jordão desde muito pequena. Filha de pais separados. Cresci com meu pai e criei um universo particular. Desde pequena troquei a TV pela leitura, preferia os gibis, depois as revistas, e os livros. De onde podia tirar elementos pro tal 'universo particular'. Sempre demarquei minha personalidade dentro daquilo que fui colhendo e os valores base transmitidos pelo meu pai - por quem sou eternamente grata - foram essenciais.  Tem uma frase que adoro da Clarice Lispector 'Depois que aprendi a pensar por mim mesmo, nunca mais pensei igual aos outros.' Algo mais sobre minha pessoa. Adoro Clarice Lispector, Martha Medeiros, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Arnaldo Jabor, Cecília Meirelles, Nietzsche, Freud, Zygmunt Bauman e amo frases, pensadores, filosofia e sociologia.


Profissionalmente o que aprendeu

Tracei meu caminho por mim mesma. Trabalhei com atendimento em escritório de contabilidade, farmácia, imobiliária, virei recepcionista de hotel, fiz um ano de um curso técnico em Hotelaria no SENAC, resolvi trabalhar com assessoria de comunicação e eventos em uma entidade de classe, abriu mercado pra área de turismo e tive uma breve passagem pela Central de Pousadas. A demanda foi grande. Não me encontrei ali, embora poderia ter sido um bom negócio. Não era o momento. Resolvi estudar jornalismo. Tinha ficado claro que Comunicação tinha tudo haver com o que eu gostava de fazer, e fizera até então.

Um pouco do que gosta


Nessa trajetória a leitura sempre foi minha companheira. Revistas =  meu ponto fraco. A banca é o lugar mais perigoso pras minhas finanças. Galileu, Claudia, Uma, Super Interessante, Info, Exame, Nova, e toda sorte de assuntos voltados a educação e psicologia me fizeram acumular diversos exemplares de publicações variadas. Adepta do silêncio e da natureza. De reflexões e discussões com conteúdo.

Rata de biblioteca. Leio três livros ao mesmo tempo e gosto de ir encaixando os pensamentos. Um que preciso ler, porque é técnico e vou aplicar o conhecimento. Outro porque quero ler, porque tem informações que considero interessante pro momento, e outro que minha alma pede pra me ajudar a lidar melhor com os inúmeros conflitos da mente. Autoajuda - pelo menos pra mim - ajuda e de verdade.

O que estuda e no que acredita

Jornalista por formação e paixão. Pela notícia, informação, palavra, pessoas, dinamismo. Tenho vontade de mudar o mundo, com pequenos gestos, atitudes e palavras. Tá eu sei que é bem mais complexo e que não depende só de mim. Ainda assim borbulham questionamentos, ideias e ideais. A favor da liberdade de expressão, com base e informação. Acredito em ética, idealismo, verdade. Acredito que as diferenças fortalecem somam e ensinam. Acredito que cada um tem um potencial imenso dentro de si. E que o ser humano se cala demais. Ou fala onde não dá eco. ...

Atualmente estudante de pós graduação, redatora e editora de um veículo local/ institucional, assessora de imprensa na área de turismo. Mãe nas horas vagas. Dona do lar. Em busca de respostas. De perguntas. E soluções. Muito prazer, seja bem vindo e fique a vontade.

São apenas fatos, versões e opiniões.